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ÁGUA
DE
fé
Mãe do Rio. A Orixá da Vida e do Mar, Mãe d’água, Janaína, La Siren, a Sereia, Mamãe Sereia. Esses são alguns dos diversos nomes dados a Yemanjá ou Iemanjá, um orixá africano, cujo nome deriva da expressão yoruba Yéyé omo ejá (“Mãe cujos filhos são peixes”). Ela é um dos vários orixás cultuados na Umbanda, religião afro-brasileira formada no início do século XX no sudeste do Brasil a partir da síntese com movimentos religiosos como o Candomblé, o Catolicismo e o Espiritismo.
Iemanjá guia os considerados 'povos do mar', entidades que fazem parte da sua linha de atuação. Estes seres recebem de seus devotos pedidos que visam proteção, saúde, crescimento espiritual e purificação. São caboclos e caboclas ( linha de trabalho de entidades da Umbanda que se apresentam como indígenas), como Janaína e Mariana, pretos e pretas-velhas ( espíritos que se apresentam sob o arquétipo de velhos africanos), guias espirituais, erês ( interseção entre a pessoa e seu orixá), etc.
É nesta busca que a Mãe de Santo Beatriz e o Pai de Santo Ricardo de Xangó, junto aos demais integrantes do Centro Espirita de Umbanda General de Brigada e Rainha Pomba Gira, encontram as margens do Rio Ceará, em Fortaleza.
conhecendo a umbanda
Segundo a Carta Magna da Umbanda, documento criado em 2017, foi em 15 de novembro de 1908 que Zélio Ferdinando de Morais, médium brasileiro, manifestou uma entidade conhecida como Caboclo das Sete Encruzilhadas. Uma nova religião estava, então, sendo proposta. O objetivo era acabar com o elitismo e inserir as camadas sociais menos favorecidas no campo religioso. Era oficializada, no Brasil, a Umbanda.
Como todas as religiões politeístas, a umbanda não adora um único deus, mas várias personificações de elementos da natureza e de energia chamadas de orixás. Porém, na Umbanda, existe o conceito de um Deus supremo, denominado “Olorum” ou “Oxalá”. Creem na imortalidade da alma, na reencarnação e nas leis kármicas. Acreditam nos orixás e em guias espirituais. Estes podem se incorporar durante certas cerimônias e vir a Terra para ajudar as pessoas que necessitam. Os guias são denominados “entidades” e cada orixá possui uma linha de entidades que o auxilia.
O local para a realização das cerimônias da umbanda chama-se Casa, Terreiro ou Barracão. Igualmente, são feitas várias celebrações ao ar livre, junto à natureza, em rios, cachoeiras ou na praia. Essas cerimônias são presididas por um “pai” ou “mãe”, um sacerdote que dirige os ritos e comanda a casa. Também é responsável por ensinar a doutrina e os segredos da umbanda aos seus discípulos.
Nestes locais realizam-se sessões de “passe”, no qual a entidade reorganiza o “campo energético astral” da pessoa. Igualmente são feitas sessões de “descarrego”, quando é captada a energia negativa da pessoa e transferida para os fundamentos do templo. As vestes mais usadas nestas cerimônias são de cor branca porque é a cor neutra que agrada todos os orixás e guias. Na Umbanda não se pratica o sacrifício de animais e se celebra rituais de batizado, consagração e casamento.
Considerando o período de 2000 a 2010, segundo dados do IBGE, a umbanda representa a religião de 0,3% da população brasileira, totalizando 588 797 adeptos (umbanda e candomblé). Parte importante dos que se declararam pertencentes a religião são residentes nos Estados do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e de São Paulo, do sexo feminino e entre a faixa das 30 a 29 anos de idade.
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Mãe Bia - Yalorixá
Pai Ricardo - Babaorixá
Mãe Bia é mãe de terreiro, também conhecida como yalorixá, uma sacerdotisa e chefe de um terreiro. Também ajudou na criação do centro espírita de Umbanda General de Brigada e Rainha Pomba Gira. Também é integrante da Associação Cultural Afro Brasileiro Pai Luiz de Aruanda. É rezadeira, curadeira e raizeira, por isso, guarda em seu espaço pessoal diversas ervas e raízes para trabalhos específicos.
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Pai Ricardo de Xangó é pai de terreiro, também conhecido como babalorixá, o sacerdote das religiões afro-brasileiras. No dia 19 de agosto de 200 fundou, na Barra do Ceará, em Fortaleza, o centro espírita de Umbanda General de Brigada e Rainha Pomba Gira. Também é integrante da Associação Cultural Afro Brasileiro Pai Luiz de Aruanda.
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